Por Adriano Farias
Foto capa: Uol.com
Nascido no dia 30 de junho de 1989, em Macaé, no Rio de Janeiro, Bruno Fratus é um dos principais nomes da natação de nosso país. Porém, mesmo sendo um atleta com várias conquistas, sua trajetória dentro das piscinas era muito cruel no principal evento para todos os esportistas, as Olimpíadas.
Em 2011, no seu primeiro Pan-Americano, Bruno teve um belo desempenho. Com duas medalhas de ouro e uma de prata, acabou deixando uma grande expectativa para os Jogos Olímpicos do ano seguinte.
Na Olimpíada de Londres, o pódio escapou por muito pouco. Fratus ficou em quarto lugar na prova dos 50 metros nado livre, ficando a dois centésimos do compatriota César Cielo, que levou o bronze.
Após passar por cirurgia, em 2013, para corrigir um problema no ombro esquerdo, voltou a participar de grandes torneios em 2015, obtendo um bom resultado no geral. Conquistou um ouro e uma prata no Pan de Toronto, e logo depois garantiu medalha de bronze no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos em Kazan, seu primeiro pódio em mundiais.
O 2016 de Bruno Fratus pode ser resumido em uma palavra: frustração. Participar de uma Olímpiada no estado natal é um sonho de qualquer atleta, mas acabou se tornando um pesadelo para ele. Terminou apenas em sexto lugar na prova de sua principal categoria, nadando muito abaixo do esperado.
Não seria fácil o caminho até os Jogos de Tóquio, contudo Bruno tinha que manter a confiança, mesmo sabendo que provavelmente não estaria mais em seu auge. E no início dessa trilha, ficou com duas medalhas de prata no mundial de Budapeste em 2017, garantindo sua melhor marca no torneio.
Depois de mais uma cirurgia no ombro, dessa vez em setembro de 2018, perdeu competições importantes. Só conseguiu voltar a treinar em fevereiro de 2019, mas foi o suficiente para obter boas marcas no ano. Conquistou mais um segundo lugar em mundiais, agora em Gwangju, na Coréia do Sul, e também teve um desempenho excelente no Pan-Americano de Lima, adicionando mais duas medalhas de ouro para sua coleção.

Embalado pela forma apresentada no ano anterior, tinha tudo para brigar por uma medalha no Japão mesmo com 31 anos. Infelizmente a pandemia adiou essa oportunidade, e foi realizada em 2021. Foi aos 32 anos, quando tudo parecia perdido, depois de tudo que passou, que o nadador nascido em Macaé conseguiu o que sempre sonhou, uma medalha olímpica. Foi um bronze com gosto de ouro, com o brilho suficiente para coroar a carreira de Bruno Fratus, se tornando o nadador mais velho da história a ganhar sua primeira medalha olímpica.
