A nova onda dos brechós: mais conscientes e conectados que nunca

Por Fernanda Martins e Samara Pinheiro

Os brechós são espaços reservados para a renascença e ascensão de roupas e objetos que foram separados para serem utilizadas por outras pessoas, normalmente são doações  e, por isso, recebem um valor baixo. Neles encontram-se o desapego saudável e a moda socioambiental, já que são uma maneira correta de descarte, causando a diminuição da poluição por meio de incineração. 

O Breshop é um brechó online de Franca, em São Paulo, para todo o Brasil. Ele começou como um desapego pessoal da dona, Brenda Rast, que divulgava no Instagram peças que não usava mais, mas com uma proposta diferente e com looks montados para ocasiões específicas. Ao observar que isso estava atraindo uma clientela, Brenda que sempre teve um espírito empreendedor, começou a procurar locais para garimpar e continuou aprimorando o seu trabalho no aplicativo. 

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O Breshop vende variados tipos de peças / Reprodução: Instagram 

As redes sociais se tornaram grandes promessas para a atração de clientes e para a divulgação dos seus produtos da maneira e do estilo que o usuário deseja. O Instagram foi a rede escolhida para acolher o Breshop e muitos outros brechós. “Acredito que como hoje em dia a proximidade que a rede nos dá do nosso público é muito grande e extremamente visual dá para ter várias experiências através do Instagram desde o encanto, conhecimento, até a experiência de compra”, disse Brenda.  

A crise causada pela pandemia não foi algo ruim para o Breshop, e sim um ponto positivo para que o brechó pudesse produzir mais. “Sendo somente online facilitou a vida de muitas mulheres e a minha também”, com o aumento de demandas, o Breshop se tornou uma renda melhor para Brenda, que agora trabalha de casa e com uma qualidade de vida maior do que antes.  

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O brechó virtual faz entregas por todo Brasil / Reprodução: Instagram 

O também brechó online “Brechó Coletiva” é administrado por duas amigas: Ana Miranda e Laiz Braga, da zona Norte do Rio de janeiro. A intenção principal era criar um espaço para troca de roupas com outras meninas e conseguir um maior auxílio na renda: “desapegando, era possível acontecer a rotatividade de peças que estavam paradas no armário, conquistando novas pessoas para amar elas e também para ganhar um dinheirinho extra”, diz Ana.  

De acordo com dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC) com a pandemia a procura por compras online cresceu entre os brasileiros e cooperou muito para as vendas de roupas e acessórios. Contudo, as idealizadoras do Brechó Coletiva falam sobre outro lado desse processo: “acho que durante a pandemia, sim, a internet trouxe mais oportunidades e é um mercado que vem crescendo. Além disso, devido à grande quantidade de possibilidades, disputar a atenção do público é um desafio”, revelam as proprietárias do projeto. 

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Uma das peças do Brechó Coletiva / Reprodução: Instagram

A reutilização de peças de roupas vem se tornando um assunto cada vez mais notável, movimentos que estimulam esse impacto como a moda sustentável e o “slow fashion” (moda lenta) são um dos indicadores dessa tendência. 

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