Título será o primeiro para inglesas ou espanholas, equipes que chegam também como recém-campeãs nacionais
Foto de capa: Reprodução/UEFA
Por Júlia Nascimento
É final de Champions! A bola vai rolar para a grande decisão da Liga dos Campeões da UEFA Feminina 2020/2021 no próximo domingo (16/05) às 16h. Chelsea e Barcelona serão os protagonistas no Estádio Gamla Ullevi, em Gotemburgo, Suécia, palco em que inglesas ou espanholas erguerão a “orelhuda” de forma inédita. A ESPN Brasil transmite o duelo ao vivo, e o Em Todo Lugar faz a cobertura em tempo real com todas as informações deste grande jogo.
Esta é a 20ª final da competição, que anteriormente se chamava Taça UEFA Feminina, virando UEFA Women’s Champions League na edição de 2009/2010. O Lyon (FRA) é o maior vencedor, com sete títulos. Quanto aos países europeus que mais levantaram o caneco, a Alemanha fica em primeiro com nove, seguida da França com sete, da Suécia com dois e da Inglaterra com um (levantado pelo Arsenal em 2007).
As jogadoras do Chelsea participarão da primeira final do clube na Champions Feminina, enquanto as do Barcelona farão a segunda decisão do time, que já chegou à partida decisiva em 2019. Na ocasião, as catalãs perderam a taça para as meninas do Lyon sofrendo o placar de 4 a 1. Domingo será também apenas a segunda vez em que um clube espanhol alcança esta fase.
Além do fato de o título ser inédito para as duas equipes, outra semelhança apimenta e acirra a grande final. Blues e Barça acabaram de ser campeões nacionais (da Women’s Super League e da Primera División respectivamente), chegando com ritmo de jogo e empolgação para emendarem mais um grito de campeão.
Chelsea
Recém-campeãs inglesas, emplacando o quarto título e ultrapassando o Arsenal na somatória, as meninas do Chelsea já superaram o melhor desempenho do clube na Liga dos Campeões Feminina, que havia sido a presença nas semifinais em 2017/2018 e 2018/2019.

O caminho dos Blues até a final, com os placares agregados (jogos de ida e volta), foi o seguinte:
16 avos de final: 8 a 0 contra o Benfica
Oitavas de final: 3 a 0 contra o Atlético de Madrid
Quartas de final: 5 a 1 contra o Wolfsburg
Semifinais: 5 a 3 contra o Bayern de Munique
Contra o Benfica, foram duas vitórias contundentes. Enfrentando o Atlético de Madrid, nem mesmo a expulsão precoce de Sophie Ingle tirou do Chelsea a vitória e posterior classificação. Diante do Wolfsburg, conseguiu ainda quebrar um tabu, pois o adversário inglês havia eliminado os Blues em três das quatro campanhas anteriores. Os destaques foram a goleira Berger e a meia Harder, autora de dois gols na partida. Já pelas semifinais, o Bayern conseguiu uma vitória, mas a da equipe inglesa no segundo jogo foi superior e garantiu a vaga na decisão.
O clube investiu na contratação de Pernille Harder, duas vezes Jogadora do Ano da UEFA, formando um ataque de destaque com Fran Kirby e Sam Kerr. A dupla de frente titular costuma ser formada por Kerr e Kirby, responsável por 30 gols em 19 jogos em 2021. O meio-campo é postado em losango, com Harder adiantada, Ingle mais recuada, enquanto Ji So-yun e Melanie Leupolz ficam nos corredores. Já na defesa, Magdalena Eriksson e Millie Bright compõem a dupla de zaga, contando com Jonna Andersson e Jess Carter nas laterais. No gol, Berger ajudando na solidez defensiva. Emma Hayes é a treinadora, com dez títulos desde que foi contratada em 2012.
Confira mais detalhes da equipe inglesa para a final:
Esquema tático: 4-4-2
Provável escalação: Berger; Charles, Bright, Eriksson, Andersson; Leupolz, Ingle, Ji, Harder; Kirby, Kerr.
Suspensas: ninguém
Lesionada: Maren Mjelde
Barcelona
Igualmente recém-campeãs nacionais, na Espanha, as meninas do Barça tornaram o clube o maior vencedor do campeonato com seis títulos. Além do troféu, as catalãs vêm de 26 vitórias seguidas e sagraram-se campeãs com oito rodadas de antecedência.
Na Champions Feminina, igualam agora seu melhor desempenho, que havia sido a final na edição de 2018/2019 (vencida pelo Lyon). Vale destacar que o Barcelona chegou pelo menos até as quartas de final nas últimas cinco edições, evidenciando uma estabilidade positiva. O caminho das espanholas até a final, com os placares agregados (jogos de ida e volta), foi o seguinte:
16 avos de final: 8 a 2 contra o PSV Eindhoven (HOL)
Oitavas de final: 9 a 0 contra o Fortuna Hjørring (DIN)
Quartas de final: 4 a 2 contra o Manchester City
Semifinais: 3 a 2 contra o Paris Saint-Germain
No setor ofensivo, Hermoso e Oshoala somam 102 gols nas últimas duas temporadas, porém não costumam atuar juntas. Graham Hansen, Martens e Mariona Caldentey são opções para as alas, enquanto a meia Alexia Putellas pode jogar avançada, até como “falsa 9”, e marca muitos gols. Vicky Losada, Patri Guijarro e Kheira Hamraoui são os nomes do meio-campo.
Novidade na dupla de zaga: a titular Andrea Pereira está suspensa, e Mapi León terá talvez Guijarro como parceira. Já nas laterais, Marta Torrejón e Leila Ouahabi costumam avançar. E, no gol, Sandra Paños agarra. Lluís Cortés é o técnico e chegou em Barcelona em 2017 como analista, assumindo o time feminino em 2019 e acumulando poucas derrotas até o momento.
Confira mais detalhes da equipe inglesa para a final:
Esquema tático: 4-3-3
Provável escalação: Paños; Torrejón, Guijarro, Mapi León, Ouahabi; Losada, Hamraoui, Putellas; Graham Hansen, Hermoso, Martens.
Suspensa: Andrea Pereira
Lesionada: Andrea Falcón