Foto de capa: Rebeca Doin
Por Thalis Nicotte
O surfe é outra novidade do programa olímpico. Reforçando a ideia do COI (Comitê Olímpico Internacional) em tornar a competição mais atraente ao público jovem, o surfe fará sua estreia em Tóquio. E o Brasil tem grandes chances de medalhas.
Formato e regras
Para a sua estreia em Jogos Olímpicos, o surfe contará apenas com uma modalidade: o shortboard, onde a prancha é mais curta e tem 1,8m de comprimento. Sua ponta é pontiaguda e ajuda na hora das curvas. Além disso, a prancha é mais rápida na hora da execução de manobras.
Serão 20 atletas no masculino e 20 no feminino. Eles serão divididos em cinco baterias com quatro surfistas no primeiro round. O primeiro e segundo colocados avançam direto para o terceiro round. Vão para a disputa do segundo round, os terceiros e quartos colocados do primeiro round.

No terceiro round, serão quatro baterias com quatro atletas. Os dois melhores de cada bateria se classificam para as quartas de final. A partir dessa fase, a disputa será atleta x atleta até a final. Em ambas as modalidades, os juízes avaliam o grau de dificuldade, a altura, a velocidade, a originalidade, a execução e a composição das manobras realizadas.
De acordo com o Comitê Olímpico: “As manobras não têm pontuações prescritas e o acúmulo de pontos depende da aplicação geral dos critérios a cada corrida inteira. As manobras incluem aspectos de power surf refletidos em variações de cutbacks, off the lips e floaters e surfe progressivo refletido em variações de antenas, deslizamentos e reversos. Muitas vezes, a manobra definitiva para os surfistas é o barril onde o surfista desaparece e cavalga dentro da parte oca da onda, mas isso também é pontuado de acordo com vários fatores técnicos e com base na qualidade”.
Local da competição
O surfe na Olimpíada do Japão será disputado na praia de Tsurigasaki, na província de Chiba, cerca de 64km de Tóquio. A programação prevê que entre os dias 26 e 29 de julho será concluído o calendário do surfe, no entanto, a modalidade depende do clima para acontecer, então poderá haver mudanças de datas.
Calendário

Brasil no Surfe Feminino
Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb são as brasileiras classificadas para o Japão. Elas ainda não conquistaram títulos mundiais, mas estão mantendo presença regular em altas colocações. Tatiana chegou à semifinal três vezes e Silvana foi vice-campeã dos ISA Games 2019.

Brasil no Surfe Masculino
O Brasil é o grande favorito no surfe masculino. Gabriel Medina foi campeão mundial em 2014 e 2018 e vice em 2019, ano em que Ítalo Ferreira levou a melhor. Ítalo também foi vice-campeão em outras duas oportunidades.

Para exemplificação da potência brasileira, das 11 etapas do Mundial de 2019, Ítalo venceu três e Medina ficou com duas vitórias. Com essa regularidade de vitórias e de presenças em pódio, o Brasil espera uma dobradinha em Tóquio.

Outros Favoritos
Surfe Masculino
Como já dissemos acima, os brasileiros são os grandes candidatos ao título. Mas vamos falar dos adversários que correm por fora. John John Florence é o único, além dos brasileiros, que detem títulos mundiais. Alguns nomes também despontam na lista dos atletas que vão brigar pelo pódio. São eles: Kolohe Andino (Estados Unidos), Kanoa Igarashi (Japão), Jordy Smith (África do Sul), Julian Wilson (Austrália) e Owen Wright (Austrália).

Surfe Feminino
Stephanie Gilmore é a grande favorita por aqui. A australiana foi campeã mundial em sete oportunidades. Ela terá companhia de Sally Fitzgibbons em busca de uma medalha para a Austrália. Outra potência no surfe feminino é os Estados Unidos. As americanas já têm as suas duas representantes definidas: Carissa Moore e Caroline Marks. Ainda temos outras duas candidatas que podem pintar como surpresa no torneio: Johanne Defay (França) e Brisa Hennessy (Costa Rica).
