Foto de Capa: Divulgação
Por Carlos Gabriel Tolêdo
O primeiro dia da III Jornada de Cinema da FACHA ocorreu nesta segunda-feira (24/05). Durante esta semana de 24 a 28 de maio, a FACHA vai realizar bate-papos online através do YouTube para discutir a evolução do cinema nos últimos anos. Na live de estreia estiveram presentes o diretor, roteirista e produtor Flávio Ramos Tambellini, a cineasta e diretora Lúcia Murat e o ator e diretor Antônio Pitanga, que é conhecido internacionalmente por sua participação no movimento Cinema Novo. A transmissão foi mediada pelo professor Sady Bianchin.
Nessa primeira conversa, o tema principal era o cinema brasileiro. Murat começou o bate-papo contando a história de como entrou no meio do cinema e também falou bastante sobre suas inspirações para fazer seus primeiros filmes, usando como exemplo sua experiência e de suas amigas de como era ser estudante durante a ditadura militar.
Em seguida, Pitanga deu uma aula sobre história e ressaltou a importância do movimento criado na Bahia, chamado “Cinema Novo”, do qual ele mesmo participou. O ator e diretor falou de como o movimento o ajudou a ter, desde cedo, uma compreensão de como é o desconhecimento da cultura. Coisa que em suas palavras, é a mais importante em todas as civilizações. Pitanga também falou sobre o preconceito que o Sul tinha com o Nordeste, ao falar que todo nordestino era baiano ou paraibano.
“Pode vir qualquer ditadura que eu tô de pé com 82 anos”, brinca o ator após comentar sobre alguns momentos que passou durante a ditadura militar sendo um homem negro vivendo no Brasil naquela época. Em meio disso, Pitanga elogiou o trabalho de alguns diretores que confiavam em seus atores, permitindo que eles tivessem liberdade ao decidir certos detalhes de como iriam interpretar seus personagens.
Tendo um olhar mais técnico sobre o meio, Tambelilini comentou alguns detalhes de como uma boa pré-produção, produção e direção funcionam. “Você pode fazer um filme ruim de um roteiro ótimo, mas você não consegue fazer um filme ótimo de um roteiro ruim”, diz o roteirista, ao falar sobre a importância do roteiro em um filme.
Tambellini também comentou da identificação que as vezes ocorre entre diretor/ produtor e atores, fazendo com que esses profissionais trabalhem juntos em diversos projetos durante certo período e diz que isso não é uma panelinha, mas que envolve uma conexão entre essas pessoas. O diretor relembra também do crescimento do streaming, meio que cresceu bastante devido ao momento que está sendo vivido. “O streaming é cinema, é cultura, é arte”, segundo ele.
Para mais detalhes de como foi esse bate-papo, você pode acessar o link abaixo e assistir tudo.
Lembrando que a Jornada é grátis e que todas as mesas serão transmitidas pelo canal da FACHA no YouTube.