Foto de capa: Rebeca Doin 

Por Idries Bulkool 

Os primeiros movimentos do que veio a ser conhecido como Polo Aquático remontam à Inglaterra de 1860. Na época, as partidas aconteciam em lagos, rios e mares como forma de demonstração física dos atletas e logo precisou ser regulamentada para evitar lesões. A categoria masculina de polo ingressou no programa olímpico em 1900, nas Olimpíadas de Paris. Por outro lado, a modalidade feminina só foi aceita a partir dos jogos de Sidney, em 2000. 

Forma de disputa 

Divididos em dois times de sete jogadores, incluindo o goleiro, eles competem entre si com o objetivo de colocar a bola dentro do gol oponente. Cada jogo é dividido em quatro partes de oito minutos cada. O detalhe importante é que tudo isso é feito dentro de uma piscina que mede 30 metros de comprimento por 20 de largura e tem dois metros de profundidade, onde os jogadores não podem tocar com os pés no fundo em momento algum. 

Além de estarem nadando constantemente, cada time tem apenas 30 segundos para tentar organizar uma jogada e arremessar de alguma forma ao gol, caso contrário a posse é do time adversário. Com exceção do goleiro, todos os jogadores só podem utilizar uma das mãos para carregar e realizar ações com a bola. Polo é um esporte que permite o contato entre os jogadores a todo instante, tornando o esporte exaustivo fisicamente. Por essa razão, os times podem substituir jogadores de linha a qualquer momento. 

O esporte tem uma média alta de faltas, que podem ser ‘comuns’, com a posse indo para o oponente, e faltas ‘individuais’, que levam ao pênalti ou a suspensão por 20 segundos de um jogador, em uma área de exclusão próxima ao próprio gol. O contato é permitido quando contra um jogador em posse da bola, caso contrário será falta. Os jogadores tentam levar vantagem principalmente nas disputas embaixo da água, fora da visão do árbitro. 

Favoritos Em Tóquio 2020.21 

Nas Olimpíadas desse ano, a categoria masculina será representada por 12 times, enquanto as mulheres terão 10 equipes em disputa. O Brasil possui oito participações em jogos olímpicos nesta modalidade, porém nunca por uma conquista dentro das piscinas. Esteve nos jogos de 1920, 1932, 1952, 1960, 1964 e 1968 por convite. Além disso, esteve em Los Angeles 1984, mas por conta de uma desistência de Cuba, e jogou a Rio 2016 por ser o país anfitrião. A última chance foi desperdiçada ao serem eliminados no Pré-olímpico de Polo Aquático, realizado em fevereiro deste ano. 

Masculino  

No masculino, o país considerado potência nesse esporte é a Hungria, que já coleciona nove medalhas de ouro na categoria. Outros países da antiga União Soviética, onde o esporte é bastante popular, também merecem destaque. Não à toa foi a Croácia quem levou o ouro em Londres 2012 e a Sérvia durante os jogos do Rio em 2016. Correndo por fora é importante ficar de olho na Itália, país que já levou 3 ouros, 2 pratas e 3 bronzes nesta modalidade. 

Feminino 

O feminino está presente em Olimpíadas apenas desde Sidney 2000, onde as anfitriãs australianas ficaram com a medalha de ouro. De lá para cá, quem vem com bastante favoritismo são os Estados Unidos, que estão em busca do tricampeonato, já que levaram o ouro em Londres 2012 e na Rio 2016. A Holanda ficou com o posto mais alto em Pequim 2008 e pode buscar uma das medalhas novamente. Já a Itália, campeã em Atenas 2004, não se classificou para Tóquio 2020. 

Calendário (dia e horários locais de Tóquio)

Local de Competição 

O local escolhido para as disputas do Polo Aquático durante Tóquio 2020 será o Centro de Polo Aquático Tatsumi, com capacidade para 4.700 pessoas. Projetado em 1990, foi pensado como principal instalação para a prática da natação e outros esportes aquáticos na área central de Tóquio. A lista completa desse e de outros locais de competição você pode visualizar clicando nesse link com um guia completo das Olimpíadas.