Movimento de aceitação da pele vem crescendo nos últimos anos no Brasil
Por Alice Matos e Ludmila Barros
O skin positivity, ou “pele positiva” em tradução livre, é um movimento crescente nas redes sociais e também no Brasil que falar sobre a aceitação da pele com acne, vitiligo, rosácea, melasma ou outra condição. Os padrões de beleza e estereótipos impostos pela sociedade nos mostram peles lisas, livres de manchas e perfeitas, quando na realidade a perfeição é algo inatingível. O objetivo do #skinpositivity é mostrar que a pele perfeita não existe, e que devemos acolher e nos aceitar do jeito que somos. Pessoas que desenvolvem algum tipo de problema dermatológico como a acne severa, por exemplo, costumam sofrer com o preconceito social e com a baixa autoestima, muitas vezes evitando sair em público, tirar fotos e até desenvolvendo crises de ansiedade ou transtornos psicológicos.
O mundo virtual funciona como uma vitrine de vidas e peles impecáveis em que muitas vezes observamos realidades distantes das nossas. Felizmente, as ações que desconstroem padrões e ideias sobre o corpo, como o #bodypositivity, e a pele vêm conscientizando os usuários das redes. A autoaceitação é fundamental, já que cada pele é diferente por razões biológicas, e está tudo bem. O fato é que você se sinta bem com a sua pele natural, mesmo sem maquiagem ou filtros do Instagram.
Normalizar os diferentes tipos de derme em uma era conectada e repleta de filtros do instagram é um desafio e um exercício que devemos aprender. Muitos jovens não conseguem se achar bonitos por conta da era dos filtros, que por vezes suaviza a pele, retirando manchas e marcas de acne. Essas ferramentas podem impactar a construção de uma autoestima autêntica e acolhedora e a diminuição do uso dessa tecnologia pode ser um bom começo para o caminho da aceitação.
Vale lembrar que o movimento skin positivity não significa abandonar os cuidados com a pele. Pelo contrário! As visitas ao dermatologista e/ou médico especializado são importantes para a nossa saúde. Afinal de contas, a pele e o corpo são a nossa casa. Devemos cuidar deles com amor e respeito, abraçando todas as imperfeições. Pensando nisso, separamos sete perfis de influenciadoras incríveis que lutam pela aceitação e beleza real. E você, já se olhou com mais carinho hoje?
A Sophia Grahn (@isofiagrahn) é uma ativista sueca que usa as redes sociais para falar sobre as suas experiências com a acne, aceitação, consciência e medos.

A Preta Araújo (@pretaaraujo) fala sobre pele, racismo e vários assuntos do universo feminino. A influencer brasileira também tem um canal no YouTube.

No perfil @minhasegundapele, Bruna Sanches compartilha desenhos, informações, histórias e muito amor sobre a pele com vitiligo.

O fotógrafo e ilustrador Peter DeVito (@peterdevito) compartilha sessões de fotos com os mais variados tipos de pele, desde acne e vitiligo até as famosas sardas. Uma lindeza!

A britânica Lex (@talontedlex) conta sobre o seu tratamento da rosácea e dá dicas de maquiagem.

A Monica Santos (@monicasantosrv) fala sobre a sua rotina, amor próprio, a interrupção no uso de medicamentos, como o anticoncepcional, e alimentação equilibrada.

A atriz Julia Konrad (@juliakonrad) é uma grande protagonista do movimento no Brasil. Ela acredita verdadeiramente na importância de se criar tendências que acolham todas as pessoas, trazendo um novo olhar para o processo de aceitação.
