Foto de Capa: Rebeca Doin
Por Lucas Furtado Isaias
O tênis de mesa é um esporte com muita precisão, agilidade e destreza e que, na sua história olímpica, tem um raro império: o da China. O país, desde que a modalidade entrou na programação dos Jogos, perdeu raras vezes em todas as categorias, de simples, de duplas e de equipes, e tem tudo para manter este monopólio na modalidade.
O esporte surgiu no século XIX na Inglaterra, onde foi feita uma adaptação dos jogos de tênis para ambientes fechados no inverno, já que as práticas na quadra ficavam muito difíceis nesta época. Redes de alturas diferentes, raquetes e bolas sendo feitas de materiais incomuns (a não ser a madeira nas raquetes), com as características que dominam hoje. Em 1900, o esporte chegou na China introduzido por orientais, e o seu domínio começou depois de mudanças na raquete, com a inserção de esponja no equipamento, o que fez com que as técnicas mudassem, e o predomínio deixasse de ser dos europeus.
A Federação Internacional de Tênis de Mesa foi criada em 1926, mas os registros dos primeiros torneios sugiram 25 anos antes. No Brasil, o esporte chegou em 1905 por intermédio de turistas ingleses. Sete anos mais tarde, aconteceram as primeiras atividades com organização no país. A Federação Brasileira da categoria surgiu nove anos antes da estreia da modalidade em Jogos Olímpicos.

Os jogos têm melhor de sete sets, e vence cada set quem marca 11 pontos. Em caso de empate a partir de 10/10, vence quem abrir a vantagem de dois pontos primeiro. As partidas por equipes têm uma diferença no número de sets: são melhores de cinco.
Diferente dos primórdios ingleses, agora há padrões na rede, com altura de 15,25 cm e largura de 1,83 m, e a mesa tem altura de 76 cm, 1,52 m de largura e 2 m e 74 cm de comprimento. As bolas têm 40 mm de diâmetro. Alguns golpes conhecidos são o drive, que imprime mais velocidade à bola ao rebater o saque do adversário, chiquita, como forma de encurtar a bola ou uma recepção ofensiva após o adversário fazer o saque, e harau, um golpe rápido próximo à rede.

Uma novidade da modalidade nesta edição é a volta das duplas, mas agora apenas com as duplas mistas, em mais uma das ações da organização da Olimpíada na promoção da igualdade de gênero nas competições. As duplas estavam fora do programa olímpico desde Atenas 2004, quando foi realizado pela última vez.
O tênis de mesa, certamente, trará mais um espetáculo de emoção, jogos de alto nível e muita agilidade numa saga pela medalha de ouro e por fazer história com as raquetes.
Brasil em Tóquio
O tênis de mesa terá seis representantes brasileiros. Bruna Takahashi, Caroline Kumahara e Jéssica Yamada serão o país no feminino, enquanto Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano e Vitor Ishiy serão no masculino. Giulia Takahashi e Eric Jouti serão os reservas na competição por equipes. Calderano foi o vencedor da modalidade no Pan de Lima 2019; Gustavo, Jéssica e Bruna foram convocados por conta de suas posições no ranking mundial da modalidade. Os outros nomes foram escolhidos pelos técnicos da Seleção, Francisco Arado de Armas (Masculino) e Hugo Hoyama (Feminino).
Programação
Os eventos serão feitos no Ginásio Metropolitano de Tóquio. Confira a programação:

