Conheça os programas do Tênis de Mesa e em Cadeira de Rodas nas Paralimpíadas

Foto de capa: Rebeca Doin

Por Lucas Furtado Isaias

Tênis de Mesa

O tênis de mesa, que é um esporte que requer agilidade e muita precisão, também faz parte dos Jogos Paralímpicos com presença intensa e representatividade. Apresenta diversas categorias, que são denominadas, oficialmente, de “classes” para que os paratletas possam participar, de maneira igualitária. O Brasil, nesta edição, terá 14 representantes nas mais diversas classes masculinas e femininas.  

O esporte está no programa paralímpico desde Roma 1960, mas o Brasil só participou, inicialmente, 16 anos mais tarde, em Toronto. Nesta trajetória, o país conquistou cinco medalhas: duas de prata e três de bronze. Quatro delas foram na Rio 2016. 

Li Qian representando a China na semifinal contra a Itália do torneio feminino de equipes classe 1-3, na Rio 2016 – Foto: Gaël Marziou  

O esporte no programa paralímpico tem regras próximas do olímpico, porém há uma diferença importante no número de sets: é melhor de cinco sets e vencido com 11 pontos. No entanto, se estiver 10 a 10, é finalizado quando um dos oponentes atinge dois pontos a mais que o adversário.  

As competições são separadas entre amputados, cadeirantes e atletas que têm paralisia cerebral. As classes são divididas pelo grau de comprometimento físico motor, sempre de maior a menor grau. As primeiras cinco classes são destinadas a cadeirantes. Para os andantes, as classes são de 6 a 10. A última classe é voltada para atletas com paralisia cerebral. Nas equipes, as duplas no feminino e os trios no masculino são vindas de classes diferentes.  

Os atletas se classificaram nos torneios da International Table Tennis Federation (ITTF) na Europa, Oceania, África e Ásia em 2019, além do Qualificatório Mundial em junho deste ano. Para o continente americano, as vagas vieram do Parapan de Lima 2019. Outras vagas vieram de atletas do ranking da ITFF e de convites da Comissão Bipartite.  

Crédito: Clara Flávio

O Brasil teve o melhor desempenho paralímpico conquistando três medalhas de bronze com Bruna Costa Alexandre, no individual Classe 10, ao lado de Danielle Rauen nas equipes femininas da Classe 6-10 e com Iranildo Conceição da Costa, Guilherme Marcião da Costa e Aloísio Lima nas equipes das classes 1-2. Além de uma medalha de prata com Israel Pereira Stroh no individual classe 7. O país pode, então, escrever mais um capítulo na história do esporte e conquistar mais pódios nesta modalidade.  

Brasil em Tóquio  

O Brasil terá 14 representantes na modalidade. No feminino, Cátia Oliveira (Classe 1-2), Marlene Amaral dos Santos (Classe 3), Joyce de Oliveira (Classe 4), Millena Franca dos Santos (Classe 7), Lethicia Lacerda (Classe 8), Danielle Rauen, Jennyfer Marques Parinos (Classe 9) e Bruna Costa Alexandre (Classe 10). No masculino, Welder Knaf, David Andrade de Freitas (Classe 3), Paulo Salmin, Israel Pereira Stroh (Classe 7), Luis Manara (Classe 8) e Carlos Carbinatti (Classe 10).  

Programação  

Todas as partidas serão realizadas no Tokyo Metropolitan Gymnasium e são divididas em dois momentos. A primeira parte será de torneios individuais. Em seguida, os torneios de equipes. São 31 medalhas distribuídas nos dias finais destes blocos que totalizam 10 dias de competição. Veja a programação:  

Tênis em Cadeira de Rodas

O tênis é um esporte com muita emoção, possibilidades de reviravoltas e que tem grandes histórias. O tênis paralímpico, que é inteiramente coordenado pela International Tennis Federation (ITF) e confederações nacionais da modalidade, está no programa olímpico desde Barcelona 1992. Tornou-se um símbolo de reconhecimento do esporte paralímpico, já que existem competições para cadeirantes nas semanas finais dos quatro grand slams de tênis, ganhando visibilidade e atenção de todos que vão aos circuitos.   

Daniela Di Toro em partida nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 – Foto: Australian Paralympic Comittee 

A versão paralímpica tem muitas semelhanças com a olímpica, mas com três diferenças importantes: o tenista pode deixar a bola quicar duas vezes em quadra, nas duplas não existe set tiebreak, e há uma categoria voltada para atletas com três ou mais deficiências no corpo (o “quad”, com torneios em simples e duplas). O único requisito para se inscrever na modalidade é o atleta ter sido diagnosticado com alguma doença de locomoção que o torne incapaz de praticar o tênis convencional. 

As vagas são baseadas pelo ranking da ITF, de maneira majoritária, podendo entrar oito atletas por país, quatro homens e quatro mulheres em simples e três em quads. São duas vagas oriundas dos Jogos Parapan-Americanos, outras duas dos Jogos Para Asiáticos, 26 convites da Comissão Bipartite e 74 do ranking, totalizando 104 vagas.  

Crédito: Clara Flávio

O Brasil não conquistou, em sua história, nenhuma medalha paralímpica na modalidade, mas terá agora a chance de conseguir uma inédita e poder escrever uma nova página na história do tênis nacional.  

Brasil em Tóquio  

O Brasil terá sete atletas em Tóquio. Ymanitu Silva representará o país na quad. Meirycoll Duval e Ana Caldeira disputarão o torneio de simples. Gustavo Carneiro Silva, Rafael Medeiros, Daniel Rodrigues e Mauricio Pomme estarão no simples masculino. Até o fechamento do texto, não foi divulgada a relação dos torneios de duplas, apesar de a ITF ter prometido a divulgação para o fim de julho.  

Programação Prevista  

As partidas ocorrerão no complexo Ariake Tennis Park. A programação está sujeita a alterações por conta de condições climáticas, já que só a Quadra Central tem teto retrátil. A ordem das partidas é divulgada na noite anterior ao dia de competições. Veja a programação prevista: 

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