A Plant-Based é uma dieta que valoriza as comidas naturais e evita a alimentação com produtos industrializadas

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Por Ludmila Barros  

Presente no cardápio de muitas pessoas mundo afora, a dieta Plant-Based ou dieta à base de plantas, na sua tradução literal, foca na alimentação rica em nutrientes frescos e preferencialmente orgânicos provenientes da terra como legumes, verduras, frutas, grãos integrais, sementes e nozes.

A ideia é consumir a chamada “comida de verdade” e evitar ao máximo alimentos industrializados e ultraprocessados, que são ricos em gorduras, açúcares e conservantes artificiais e pobres em nutrientes que o corpo necessita. 

De acordo com a ciência, a redução de produtos ultraprocessados no prato pode diminuir doenças ao longo da vida, tais como o câncer, o diabetes, a obesidade e as coronárias. Um estudo que durou aproximadamente 20 anos publicado em 2017 no Journal of American College of Cardiology, nos Estados Unidos, revelou que os indivíduos que adotaram uma dieta à base de legumes, grãos integrais, sementes e frutas tiveram menos risco de desenvolver doenças ligadas ao coração. 

Em 2013, a American Association for Cancer Research publicou um artigo concluindo que dietas vegetarianas oferecem maior proteção contra o câncer gastrointestinal. O consumo de frutas e vegetais também pode reduzir a ocorrência de deficiência cognitiva e demência. É o que aponta um artigo disponível na US National Library of Medicine National Institutes of Health. 

O consumo de alimentos de origem animal não está proibido na dieta plant-based, embora alguns adeptos, como os veganos, optem por não consumir carne, leite e derivados. Tais fontes de proteínas são importantes para o bom funcionamento do organismo e a sua falta pode provocar deficiência de nutrientes. Dessa forma, é fundamental buscar acompanhamento com profissional especializado, como o nutricionista e o nutrólogo. Afinal de contas, equilíbrio é tudo. 

O estilo de vida plant-based traz inúmeros benefícios não só para o corpo, mas também para o meio ambiente. O maior cultivo e consumo de plantas e comidas da terra reduz consideravelmente a emissão de gases tóxicos como o CO2, responsável pelo efeito estufa e liberado pelos animais de corte. A utilização de milhões de litros de água potável igualmente é reduzida, além da prevenção de doenças crônicas e degenerativas nos seres humanos. 

Pensando nisso, a campanha “Segunda sem carne” surgida em 2003, nos Estados Unidos, tem como objetivo convidar e conscientizar a população a não consumir carne pelo menos uma vez na semana.

Isso significa menos animais abatidos por ano, assim como menos impactos ambientais no planeta, além de melhora na saúde. Mais de 40 países aderiram à campanha, sendo que no Brasil ela é incentivada e promovida pela Sociedade Vegetariana Brasileira, que compartilha notícias, informações variadas a respeito do movimento, receitas e outros conteúdos em seu site e nas suas redes sociais.

De acordo com a entidade, a “Segunda sem Carne” no Brasil é considerada a maior no mundo. Foram mais de 42 milhões de refeições oferecidas em parceria com empresas e órgãos públicos no primeiro semestre de 2019.  

Repensar nossas escolhas, experimentar novos sabores e alimentos naturais são atitudes que beneficiam o corpo, a mente e o planeta. Que tal dar o primeiro passo?

Esperamos que tenha gostado dessa matéria. Até a próxima!