Foto de capa: ANSA/EPA
Por Lucas Furtado Isaias
Em uma prova em que a chuva foi a protagonista, o italiano Sonny Colbrelli venceu a edição 2021 da Paris-Roubaix, uma das disputas mais importantes do ciclismo mundial, com uma chegada eletrizante e que foi decidida no sprint final, derrotando o belga Florian Vermeersch e o holandês Mathieu Van Der Poel. Eles formaram o pelotão principal da prova nos últimos quilômetros. Esta foi a primeira vez em que Colbrelli participou da competição considerada a “Rainha das Clássicas” na modalidade.
A lama, sobretudo nas faixas de paralelepípedos, desgastou todos os participantes e prejudicou, em especial, Gabriel Mascon. O ciclista liderou sozinho faltando 54km, mas, após uma queda a 26km do fim, viu o trio que terminou nas primeiras posições se aproximar e ultrapassá-lo quando chegaram ao Carrefour de I’Abre. Esta foi a primeira vez em que a Paris-Roubaix foi disputada com chuva desde 2002, o que ajudou a ter um alto número de desistências: 84 não completaram o circuito, entre eles Peter Segan, campeão em 2018, que acabou sofrendo uma queda forte e abandonou a prova.
Nos últimos quilômetros, Colbrelli, Vermeersch e Van Der Poel cooperaram e andaram sem grande competição até a chegada ao Velódromo de Roubaix, onde começaram uma acirrada corrida. O holandês acelerou e assumiu a ponta, mas, na última curva, Colbrelli reagiu e arrancou para o primeiro lugar, causando frustação em Van Der Poel. Com 29 anos, o italiano trouxe a primeira vitória do país na prova desde 1999 com Andreia Tafi. Moscon terminou em quarto com 44 segundos a mais que o pelotão líder da prova.
Colbrelli, em entrevista após a disputa, disse que foi surpreendido com a atuação de Vermeersch na volta final e que fez um super sprint nos 25m derradeiros da prova para conseguir. Afirmou também que foi por pouco que ele não conseguiu a vitória após 6h01min57seg ao longo de 258km do percurso.