Foto de capa: Marcos Freitas/Agência Mirassol
Por Lucas Furtado Isaias
Campinense e Aparecidense são as equipes que vão disputar os dois jogos da final da Série D, que serão realizados nos dias 7 e 14 de novembro. A equipe de Campina Grande venceu o Atlético-CE no segundo jogo da semifinal. Já o time de Aparecida de Goiânia perdeu para o ABC no Frasqueirão por 1 a 0, mas a vitória em casa por 4 a 2 deu a classificação para lutar pelo seu terceiro título profissional na história. Todos os semifinalistas conseguiram o acesso à Série C de 2022.
Aparecidense perde para ABC, mas consegue avançar à final
O ABC, em casa, se esforçou para vencer por dois gols de diferença e avançar para a final, porém, em um jogo com muita disputa, a equipe potiguar fez 1 a 0 e deixou a competição com o apoio da torcida que foi ao Frasqueirão incentivar o time a conseguir uma reação. A Aparecidense, apesar de ter perdido o jogo, conseguiu impedir uma vantagem ainda maior e viverá as duas semanas mais importantes da história do clube até aqui. Vice-campeão goiano em 2015 e 2018, o time tem mais dois títulos em seus 36 anos de história: do Campeonato Goiano Séries C e B em 2002 e 2010, respectivamente.
O jogo começou com a Aparecidense dominando a etapa com mais posse e criação de passes no início. Aos 16min, Rafa Matos recebeu e finalizou, mas Wellington espalmou para fora. Os jogadores do ABC protestaram sobre um suposto toque de braço no lance, mas o juiz não considerou o lance irregular. Após a cobrança de escanteio, Rodrigues ficou com a bola e chutou para o gol, contudo isolou. O time potiguar, mesmo com dificuldades, conseguiu, aos 19min, marcar com Wallyson cobrando falta que chegou para Vinícius Paulista abrir o placar, para delírio da torcida da equipe de Natal.
Wellington impediu a Aparecidense de empatar aos 27min, defendendo uma cobrança de falta fora da área. As duas equipes, ao longo da reta final da etapa, disputaram a posse de bola, mas o ABC conseguiu desequilibrar na criação: com 37min de jogo, Felipinho driblou Rafael Goiano e finalizou, mas a bola foi para fora perto da trave. Aos 46min, Negueba chutou a gol, porém Pedro Dias defendeu, Netinho pegou o rebote e passou para Allan Dias chutar, e a bola foi desviada para linha de fundo.
O segundo tempo foi disputado, todavia com poucos lances perigosos. Ao mesmo tempo, foi muito faltoso, com direito a quatro cartões amarelos na etapa, dois deles para Allef, que substituiu o autor do gol da partida e foi expulso aos 50min, após cometer uma falta. O único lance de maior perigo ao gol foi aos 26min, quando o ABC tentou fazer o segundo gol com Negueba recebendo passe de Wallyson e chutando para o gol, mas Pedro Henrique defendeu. O resultado não foi o suficiente para o ABC avançar à final, vendo a Aparecidense, graças ao 4 a 2 do primeiro jogo, garantir vaga na decisão.
Ficha técnica:
ABC: Wellington, Netinho (Marcos Antônio), Vinícius Paulista (Allef), Felipinho e Gustavo Henrique; Allan Dias (Ferreira), Wallyson e Valderrama (João Marcos); Negueba, Alisson Cassiano e Suélinton. Técnico: Moacir Júnior.
Aparecidense: Pedro Henrique, Rafael Cruz, Rafael Goiano, Wesley Matos e Bruno Henrique; Rodrigues, David (Mutuca) e Rodriguinho (Lucas Gazal); Alex Henrique, Robert (Samuel) e Rafa Matos (Negueba). Técnico: Thiago Carvalho.
Arbitragem: Àrbitro – Ivan da Silva Guimarães Júnior (AM), Árbitros Assistentes – Marcos Santos Vieira (AM) e Anne Kesy Gomes de Sá (AM), Quarto Árbitro – Halbert Luís de Moraes (AM), Quinto Árbitro – João Henrique Queiroz (RN) e VAR – Gilberto Rodrigues Castro (PE).
Gols: Vinicius Paulista (ABC – 1°T/19min)
Cartão amarelo: Allef (ABC); Wesley Matos, Bruno Henrique e Rodriguinho (Aparecidense).
Cartão vermelho: Allef (ABC)
Renda e público: R$52.740 – 1.380 pagantes (4.597 presentes)
Marcos Nunes faz a diferença, e Campinense vence Atlético-CE
Duelo de duas equipes do Grupo 3 da primeira fase da competição, Campinense e Atlético-CE entraram em campo com o desejo de avançar à decisão, e um jogador fez a diferença na segunda partida da final: Marcos Nunes. Fez os dois gols que levaram a equipe de Campina Grande à fase final do torneio, empolgando o torcedor presente no Amigão na vitória por 3 a 1, na luta pelo seu primeiro título nacional. Com equilíbrio no primeiro tempo e com a equipe paraibana dominando a etapa final, o time da casa conseguiu o acesso após oito temporadas consecutivas disputando a quarta divisão, enquanto o de Fortaleza teve o acesso inédito em sua terceira participação na Série D. Nas outras duas vezes em que disputou, em 2016 e 2018, o clube foi até a segunda fase da competição.
O Campinense começou o jogo pressionando mais a defesa adversária, criando jogadas de perigo. Aos 10min, Matheus Régis finalizou na grande área, mas Carlão, com a perna esquerda, jogou para fora da área. A equipe paraibana seguiu pressionando a defesa cearense, porém o Atlético criou seu primeiro lance de perigo aos 18min com Erick Pulga dando passe para Ewerton Potiguar, só que Itallo impediu a finalização. Dois minutos depois, aos 20, Marcelinho tentou o chute na grande área, mas a bola desviou, e Anselmo pegou o rebote, marcando para o Campinense.
O jogo continuou sendo bastante disputado pelos dois lados, e, aos 31min, Dudu Itajapé cobrou escanteio, com Ewerton dando passe para Pulgar, que, de maneira fulminante, fez o gol de empate, dando emoção ao fim da primeira etapa, seguindo muito disputada até o fim da partida. Aos 42, Itajapé chutou para o canto esquerdo do gol, mas Mauro Igatu defendeu e impediu a virada do Atlético-CE. Cinco minutos depois, Anselmo chutou no alvo, e Carlão defendeu, mantendo o empate.
Na segunda etapa, o Campinense voltou pressionando mais a marcação e criando mais dificuldades para o ataque do Atlético-CE, que só conseguiu fazer um lance de perigo aos 18min, com Itapajé passando para Gustavo, que chutou para o gol. Contudo a bola desviou, com Erick Pulga pegando o rebote, tocando em Alisson, mas voltou para o atacante. Ele passou para Itajapé e depois para Caio Acaraú, que, de canhota, finalizou, porém Mauro Igatu defendeu. Antes, aos 6min, Anselmo teve a chance de finalizar e marcar o segundo da equipe paraibana, mas isolou a bola.
Após o lance de ataque da equipe cearense, o técnico Ranielle Ribeiro mexeu na equipe, colocando Vitinho e Marcos Nunes no lugar de, respectivamente, Matheus Régis e Fábio Lima, mudanças que alteraram o jogo. Aos 32, Dione cobrou falta, Anselmo não alcançou, e Nunes marcou para êxtase da torcida do Campinense, que passou a incentivar a equipe com intensidade, cantando muito. Apesar das substituições que o Atlético-CE fez, o mandante continuava a dominar o jogo, e, aos 46, Marcos Nunes recebeu passe e, perto da área, marcou um golaço para sacramentar a classificação da equipe de Campina Grande à decisão.
Ficha técnica:
Campinense: Mauro Igatu, Felipinho (Dênis), Michel Bennech, Itallo e Filipe Ramon; Joílson (Patrick), Serginho Paulista e Marcelinho (Dione); Fábio Lima (Marcos Nunes), Matheus Régis (Vitinho) e Anselmo. Técnico: Ranielle Ribeiro.
Atlético Cearense: Carlão, Gustavo Silva (Claudivan), Edgar, Waldson e Alisson Henrique (Nailton); Iago Araújo, Hércules (Felipe), Caio Acaraú (Hitalo) e Dudu Itajapé; Erick Pulga e Ewerton Potiguar (Michael). Técnico: Raimundo Wágner.
Arbitragem: Árbitro – Rodrigo Jose Pereira de Lima (PE), Árbitros Assistentes – Clovis Amaral da Silva (PE) e José Daniel Torres Araújo (PE), Quarto Árbitro – Paulo Belence Alves (PE), Quinto Árbitro – Luís Filipe Gonçalves Correa (PB) e VAR – Adriano de Assis Miranda (SP).
Gols: Anselmo (Campinense – 1°T/20min), Erick (Atlético-CE – 1°T/32min) e Marcos Nunes (Campinense – 2°T/34min e 2°T/46min).
Cartão amarelo: Joilson e Matheus Régis (Campinense); Caio Acaraú (Atlético-CE).
Renda e público: R$76.015,00 – 2.848 pagantes