Foto de capa: Reprodução/O Povo
Por Lucas Furtado Isaias
A Aparecidense é campeã da Série D do Campeonato Brasileiro após empatar em 1 a 1 com o Campinense em casa, no estádio Aníbal Batista de Toledo, pelo segundo jogo da decisão. Na ida, no estádio Amigão, a equipe goiana venceu por 1 a 0. Este é apenas o terceiro título profissional na história do clube. Antes a equipe conquistou a segunda e a terceira divisões do Campeonato Goiano, respectivamente, em 2010 e 2002.
Em meio a um gramado pesado por causa da forte chuva que caiu na região de Aparecida de Goiânia, o jogo começou bastante equilibrado, e com as duas equipes buscando o gol. No segundo minuto de jogo, Matheus Régis desceu pela ponta esquerda, driblou a defesa da equipe mandante e meteu um chutaço, mas Pedro Henrique defendeu. No minuto seguinte, veio a resposta da Aparecidense com Robert, que recebeu a bola na entrada da área e fez o lançamento que Mauro Iguatu espalmou para fora da área. Só que o equilíbrio durou pouco tempo, em seguida começou um amplo domínio do Campinense, que lutou para fazer o primeiro gol durante toda a etapa. Aos 17min, Filipe Ramon, da grande área, chutou para o gol, mas o goleiro do time goiano defendeu. Sete minutos depois, Matheus Régis tentou finalizar, fora da área, porém a bola saiu direto.
Com 26min, Filipe Ramon fez um cruzamento para Cleiton, contudo o alvo não foi acertado. Situação similar aconteceu aos 29min, com Dione cobrando escanteio, e Cleiton finalizando para a linha de fundo. Outro lance de perigo que o Campinense criou foi aos 36min, com Felipinho dando o passe para Anselmo, que, de cabeça, errou o ângulo e finalizou longe do gol. O único lance que poderia ser perigoso contra a Campinense ocorreu aos 19min, quando Cleiton deu um carrinho, ficou com a bola, e a equipe adversária pediu pênalti por um suposto toque de mão, mas Raphael Claus ordenou a continuação do jogo.
A segunda etapa começou com a Aparecidense na pressão para, pelo menos, segurar o empate. A torcida presente fazia a sua parte, dando força ao mandate e pressionando o visitante a todo instante. No intervalo, as duas equipes fizeram substituições, porém o jogo começou com muitos chutes longos e com a equipe goiana tentando entrar na partida. Aos 7min, Fábio Cruz fez um belo lançamento de longa distância, e Dione, de cabeça, colocou na rede para empatar o placar agregado da decisão.
Após o gol do Campinense, o jogo ficou mais equilibrado, com a Aparecidense em uma luta pelo empate, e os paraibanos tentando segurar o resultado. Aos 14min, Mauro Iguatu fez uma grande defesa em chute de Negueba. O time de Campina Grande tentou, aos 19min com Cláudio e aos 20min com Dione, ampliar o resultado, só que acabaram isolando a bola. Aos 24min, Mauro Iguatu conseguiu capturar a bola que estava com Samuel, mas derrubou o jogador, fazendo a torcida cobrar por falta. No entanto, em seguida, sem olhar, o goleiro tropeçou no mesmo jogador, e ambos precisaram da equipe médica. Dione sentiu uma lesão e precisou ser substituído.
A equipe de Aparecida de Goiânia estava criando alguns lances de perigo, contudo o jogo estava equilibrado. Até que, aos 31min, Samuel fez um toque angular, impiedoso, que balançou a rede, um belo gol para animar a torcida presente no estádio. Aos 35min, o Campinense teve chance de desempatar: Cláudio recebeu passe de cabeça, porém a bola bateu no travessão e foi para fora. A partida continuou com os times fazendo substituições e tentando ir para o gol da vitória, mas sem criar perigo para as defesas. A Aparecidense segurou o resultado até o apito final do juiz, e o Camaleão levantou a taça em casa, com a torcida comemorando junto, a maior conquista da história da equipe com uma campanha de 13 vitórias, sete empates e quatro derrotas. O dia 13 de novembro de 2021 é aquele que o torcedor da Aparecidense jamais vai esquecer.
Ficha técnica
Aparecidense: Pedro Henrique; Rafael Cruz (Adriel), Vanderley, Wesley Matos, Bruno Henrique e Rodrigues; Rodriguinho e Robert (Mutuca); David (Samuel), Alex Henrique (Marinho) e Rafa Marcos (Negueba). Técnico: Thiago Carvalho.
Campinense: Mauro Iguatu; Felipinho (Vitinho), Itallo, Cleiton e Filipe Ramon; Rafinha, Serginho Paulista (Marco Nunes) e Dione (Edinho Corrêa); Matheus Régis, Anselmo (Cláudio) e Fábio Lima. Técnico: Ranielle Ribeiro.
Arbitragem: Árbitro – Raphael Claus (SP), Assistentes – Daniel Paulo Ziolli e Fabrini Bevilaqua (SP), Quarto Árbitro – Salim Fende Chavez (SP) e VAR – Vinícius Furlan (SP).
Gols: Dione (Campinense – 2°T/7min) e Samuel (Aparecidense – 2°T/32min).
Cartão amarelo: Bruno Henrique (Aparecidense); Vitinho (Campinense)
Público e renda: 2.495 (1,995 pagantes e 500 não pagantes) – R$22.670,00
13 Campeonatos, 13 campeões diferentes
A Aparecidense conquistou o primeiro título da região Centro-Oeste, única que ainda não tinha um campeão no torneio desde sua criação, em 2009. Até o momento, em todas as 13 edições da competição, não houve repetição de campeões. A região Sudeste tem cinco títulos com dois times mineiros (Tupi e Tombense), dois paulistas (Botafogo de Ribeirão Preto e Mirassol) e um fluminense (Volta Redonda), sendo a que mais concentra vencedores. A região Nordeste tem quatro vitoriosos no torneio, dois deles cearenses, com Guarany de Sobral e Ferroviário, além de um paraibano, o Botafogo-PB, e um maranhense, o Sampaio Corrêa. A região Sul tem dois campeões: o Brusque, de Santa Catarina, e o Operário, do Paraná. O Norte tem o São Raimundo, do Pará, como o único representante da região vencedor do campeonato.
Além de Aparecidense e Campinense, Atlético Cearense e ABC conquistaram as vagas de acesso para a Série C 2022, enquanto Santa Cruz, Paraná, Oeste e Jacupiense farão o caminho oposto, indo da terceira para a quarta divisão do futebol nacional na próxima temporada. Em razão da Copa do Mundo, que será realizada de 21 de novembro a 18 de dezembro, o calendário do futebol nacional será adiantado, e a Série D 2022 será realizada de 17 de abril a 25 de setembro.
