Foto de capa: Reprodução/Instagram Street League Skateboarding
Por Lucas Furtado Isaias
O fim de semana foi de gala para o skate brasileiro na decisão do Mundial de Skate Street, na cidade de Jacksonville (EUA). Pâmela Rosa brilhou, em especial nas manobras extras, e conquistou o bicampeonato mundial na modalidade, já que ela tinha vencido em 2019. Rayssa Leal, que havia vencido as outras duas etapas da categoria, ficou com o segundo lugar. Mesma posição que Lucas Rabelo conseguiu na decisão masculina, vencida por Jagger Eaton por uma diferença de apenas dois décimos.
No feminino, Brasil brilha com Pâmela e Rayssa
Na volta inicial, Pâmela começou com tudo, explorando diversas manobras nos corrimões e conseguiu a nota 4.6, tendo a segunda melhor corrida, atrás da holandesa Roos Zwetsloot, que conseguiu nota 5.1 para os 45 segundos iniciais de manobra. Rayssa Leal fez manobras arrasadoras, tão arrasadoras que acabou saindo da rampa, e isso consumiu alguns segundos do tempo, conseguindo nota 3.8.
Nos saltos, Rayssa obteve 6, 6.9 e 6.3, um total de 19.2, fechando a primeira fase na liderança, descartada a nota da corrida. Pâmela brilhou muito nas corridas com 5.7, 6 e 5, sendo eliminada a última, conseguindo 16.7 de total. As duas se classificaram na fase final junto de Momiji Nishiya, que conseguiu 19.1 com o último salto, obtendo nota 8. Além delas, Samarria Brevard, que teve 18.6 de total com o último salto tendo 7.5 de pontuação. Ela avançou à última fase sem errar um salto sequer dos quatro disponíveis na fase, com as duas menores notas descartadas.
Na fase final, com muita consistência e perfeição, Pâmela conseguiu saltos 7.7 e 8.1 de notas, e todas as finalistas erraram os dois saltos extras. A brasileira conseguiu o seu segundo título com uma grande atuação e sendo decisiva na reta final.
No masculino, Jagger é campeão, e Lucas é vice com duplo 9 Club
Na fase das voltas, Felipe Gustavo teve um salto 4.3, o pior da fase. Kelvin Hoefler teve 7.1 de pontuação, e Lucas Rabelo conseguiu um 7.7, o que colocou ambos nas primeiras posições da competição. Kelvin e Lucas ficaram atrás apenas de Jagger Eaton e Shane O’Neill, que conseguiram corridas 9 Club, ou seja, acima de nove, respectivamente, 9.6 e 9.5.
Na rodada dos saltos, muitas reviravoltas e seis manobras 9 Club. Felipe Gustavo fez o primeiro salto com 9, mas errou os outros três, terminando em sétimo na fase com total de 13.3, dois décimos a mais que Alex Midler. Kelvin Hoefler errou dois saltos e conseguiu duas notas 8.8, porém acabou em quinto com total de 24.7, seis décimos atrás do quarto colocado, Lucas Rabelo, o único que se classificou para os saltos extras sem 9 Club. Teve 8.9 e 8.7 de notas e conseguiu a vaga devido à boa nota na corrida, finalizando com total de 25.3.
Nyjah Houston obteve total de 26.2 com dois 9 Club, 9 e 9.2, além de um 8 na última nota. Situação semelhante viveu o português Gustavo Ribeiro, que também teve 9.2 no terceiro salto, 8 no quarto, um erro, mas na segunda manobra conseguiu 9.1 e avançou em segundo com 26.3. Jagger Eaton conseguiu um 9 e depois duas notas altíssimas, 8.9 e 9.7, nos dois últimos saltos, avançando de fase na frente com 27.5.
Na última fase, a dos saltos extras, a estrela brilhou para o Brasil, de novo. Lucas Rabelo conseguiu dois saltos 9 Club, com notas 9.3 e 9.1, e todos os seus oponentes erraram os dois saltos. Contudo, no segundo, ele precisava de uma nota 9.4 e ficou atrás por uma diferença de dois décimos, conseguindo 27.3. No entanto, animou a torcida presente, assim como Eaton, que participou da decisão como convidado e já fez história na competição.