Foto de Capa: Getty Images

Por Lucas Santos

Noite de festa no MMA inglês. Após três anos sem uma edição em solo britânico, o Ultimate voltou com tudo para Londres, trazendo um evento carregado das maiores estrelas e promessas da Inglaterra, que vivem um bom momento na companhia. E eles não decepcionaram, pois apenas três dos doze combates foram para as mãos dos jurados. Na luta principal, o ascendente peso-pesado, Tom Aspinall, precisou de menos de quatro minutos para finalizar o veterano Alexander Volkov, fazendo a festa do público presente na O2 Arena. 

Embora jovem, Aspinall se mostrou bastante técnico e preciso, não deixando nada a desejar frente à elite da divisão. Com pressão constante e mãos rápidas, o inglês rapidamente deixou o russo desconfortável, levando-o para o chão e acertando boas cotoveladas. Embora tenha se levantado, Volkov não teve descanso. Com uma bela esquiva, o inglês conseguiu derrubar o gigante russo e, desta vez, não houve escapatória. Tom encaixou uma chave de braço reta, em posição de domínio, e a desistência veio. 

Agora, entre os cinco melhores da divisão, Aspinall não perdeu tempo em dar os próximos passos rumo a se tornar desafiante ao cinturão: “Eu acredito em mim mesmo. Foi o maior desafio da minha carreira, quero agradecer aos meus pais e companheiros por acreditarem em mim também. E agora, quero que alguém me pague uma cerveja. E depois, Tai Tuivasa, quer vir aqui me encarar?”. 

Arnold Allen estraga o retorno de Dan Hooker ao peso pena 

O co-evento principal foi uma guerra franca enquanto durou. O sétimo ranqueado, Arnold Allen, defendeu sua posição entre os pesos-penas contra o neozelandês Dan Hooker, que retornava à divisão após anos no peso-leve. Assim que autorizados, ambos foram ao centro e começaram a desferir golpes. 

Hooker parecia lento, e demorou a responder aos socos. Logo foi alvejado por combinações de Arnold que o balançaram, fazendo-o recuar. Embora um bom cruzado do “Hangman” tenha feito Allen cair de joelhos, o inglês logo se recompôs e voltou à caça. Com o nariz sangrando, o neozelandês parecia ainda mais fora de ritmo, e rapidamente mais uma saraivada de golpes pesados do “Allmighty” fez Hooker se fechar completamente e aceitar a interrupção do árbitro. 

Desolado, Hooker ficou em silêncio após a luta, sem acreditar em sua performance. Celebrando o triunfo, Allen logo foi ao microfone e desafiou Calvin Kattar, o quinto ranqueado. “Acho que agora pertenço ao top 5. O que acha disso, Calvin Kattar? Acho que é uma luta que o povo vai gostar”. 

Paddy Pimblett mantém sua estrela brilhando ao finalizar Kazula Vargas 

O queridinho do povo inglês brilhou de novo. A sensação do momento Paddy Pimblett finalizou Kazula Vargas com menos de quatro minutos do primeiro assalto, e continuou a colher seguidores por seu estilo de luta altamente agressivo. Com os holofotes voltados para si, o lutador não falhou em capitalizar o momento e cativar a audiência com sua personalidade carismática. 

Os primeiros segundos foram difíceis. Vargas logo pressionou o inglês e o derrubou, mas Paddy conseguiu levantar. Após um pouco de jogo na grade, Pimblett aplicou uma queda plástica no oponente e assumiu posição de superioridade. Não demorou para que “The Baddy” tomasse as costas de Kazula e o finalizasse. A euforia se instalou na arena enquanto a jovem promessa pulava e gritava pelo octógono. 

Com um microfone em uma mão e o público na outra, Pimblett desafiou seu desafeto georgiano Ilia Topuria, que também lutou no evento e com quem o inglês vem trocando provocações nas últimas semanas, inclusive no hotel na semana da luta.