Maria Eduarda é atleta de patinação de velocidade e competiu nos jogos Sul-Americanos da Juventude

Foto de capa: Marcelo Cinelli

Por Yago Souza

Maria Eduarda Vianna Martins, 17 anos, atleta de patinação de velocidade da seleção brasileira, participou dos jogos Sul-Americanos da Juventude, em Rosário, na Argentina, e ficou em oitavo lugar em 200 metros e 500 metros. 

Maria Eduarda competindo em Rosário – Beto Noval

A jovem sempre praticou o máximo de esportes possíveis, mas descobriu a patinação quando seus pais deram um par de patins como presente, fazendo com que, a partir daquele dia, ela nunca saísse de cima das oito rodas. 

Começou a treinar com 11 anos, por conta de aulas que ocorriam em seu colégio, pela equipe Jaguar, até que em 2016, sua treinadora botou a atleta na equipe principal, pelo seu potencial e para poder competir. 

A atleta treina de sábado a quinta patinação, com os técnicos Cydia Pardo e Cleber Dalapícolla, na equipe Jaguar, em torno de três a quatro horas por dia, e sexta prática musculação. 

A patinadora diz que é muito comum ocorrerem lesões em seu esporte, mas que nunca sofreu nenhuma, apenas algumas dores em seus joelhos e tornozelos, por conta de treinos intensos, sempre contando com o apoio de fisioterapia para prevenir lesões. 

Entrou na seleção brasileira pela primeira vez em 2021, e neste ano participou novamente do campeonato brasileiro, em Minas Gerais, se classificando novamente, mas para ir para os jogos Sul-Americanos da Juventude, teve que participar da seletiva, conseguindo a classificação necessária. 

A atleta, nos jogos em Rosário, competiu em três categorias, 500 metros, 1000 metros e 200 metros, na categoria Júnior, tendo sua melhor classificação nos 200 e 500 metros, em oitavo lugar. 

“Já estou realizando o que eu sempre sonhei, que era representar meu país e ir para campeonatos internacionais, mas ainda quero competir mais, e trazer bons resultados para o Brasil em outros competições”, revelou a atleta.

Maria Eduarda com o uniforme da seleção brasileira – Arquivo Pessoal

Suas maiores inspirações são seus colegas de equipe, que segundo a atleta, são exemplos dentro e fora do esporte, por conciliar treinos, trabalhos e estudos, pois não é algo fácil. A atleta falou um pouco sobre o que sentiu após os jogos:

“Conversei com minha treinadora, e me senti muito feliz pelos resultados, pois como era minha segunda competição internacional, eu só poderia me comparar a minha versão do último campeonato, e a diferença em seis meses foi grande, o que fez eu me sentir muito feliz, deu para observar a evolução em pouco tempo”. 

A jovem diz que gostaria que seu esporte fosse mais conhecido, pois as pessoas sempre ligam o seu esporte com outros tipos de patinação, como a artística e a no gelo, mas acredita que a modalidade vem conquistando o seu espaço no Brasil.

“Estamos mudando isso, nos tornando cada vez mais conhecidos e ganhando espaço no meio esportivo. infelizmente só existe uma pista de patinação de velocidade no Brasil, e fica em são Paulo, fazendo com que equipes como a minha de Brasília, tenham que treinar em estacionamentos, dando nossos jeitos”. 

Maria conta que não é possível viver do esporte, e não é fácil, pois cada jogo de roda custa 1000 reais, e dependendo da pessoa dura apenas um ou dois meses, além do uniforme que pode rasgar com facilidade e dos custos com as viagens. 

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