Por Juliana Santos

Fotos: PixabayLicence

Dia 14 de abril é comemorado o Dia Mundial do Café. Segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), a descoberta do café se deu na Etiópia, África, por um pastor de cabras africano e um monge. O pastor observava que os animais ficavam mais fortes quando mastigavam os grãos dos campos. Essa lenda foi registrada em manuscritos do Iêmen no ano de 575 d.C. que foi o primeiro lugar a receber sementes de café.   

Foram os árabes que dominaram as técnicas de plantio e beneficiamento da planta Kaweh (café), cuja bebida recebeu o nome de Kahwah ou Cahue, que significa “força” em árabe e era utilizada para fins medicinais. A partir de 1450, o café foi se difundindo pelo mundo e poucos anos depois a Turquia foi responsável por criar “o hábito de tomar café”, uma bebida prazerosa associada à socialização, rodas de conversa e energética para a realização de atividades noturnas. Lá foi aberta a primeira cafeteria do mundo.  

O café chegou ao Brasil em 1727, o oficial português Francisco de Mello Palheta, recebeu de presente da Madame D’Orvilliers, esposa do governador de Caiena, mudas de café. Estas foram plantadas com sucesso no estado do Pará e foi se expandindo para outros estados.  

Atualmente o Brasil é o 2º maior produtor e exportador de café do mundo, se destacam os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná com as terras mais favoráveis para o seu cultivo. Ainda de acordo com a ABIC o consumo médio anual por pessoa é 4,8 kg de café torrado e moído por ano.  

O café é a 3ª bebida mais consumida do mundo, atrás apenas da água e do chá. O grão de café também pode ser utilizado para fabricação de bebidas de cola, produtos farmacêuticos e cosméticos. 

As variedades de café mais conhecidas são os grãos de robusta que têm mais concentração de cafeína, amargor e menos sabor e os grãos de arábica, adoçado diretamente no pé, com acidez e notas sensoriais.  

Com o passar do tempo foram descobertos grãos de café especiais para agradar os diversos paladares dos consumidores. O café especial deriva da mistura de espécies. Existem mais de 50 tipos em todo o mundo. Como exemplos temos o Borboun vermelho, o adocicado Catuí, 100% brasileiro, o Geisha, um dos cafés mais valiosos do mundo e o Kopi Luwak o café mais caro e raro do mundo do qual são produzidos apenas 230 kg por ano na Indonésia.  

Falando em cafés especiais, você já tomou café de jacu? Esse produto brasileiro é referência no mundo todo, é produzido com base nos grãos eliminados nos dejetos do pássaro jacu natural da Mata Atlântica. O jacu era uma praga nas fazendas da cidade de Domingos Martins, Espírito Santo, pois destruía as plantações e comia os grãos. Tudo mudou quando os produtores perceberam que a digestão do animal expelia o grão inteiro e concedia ao café características excepcionais. Os cafeicultores brasileiros se inspiraram no café asiático Kopi Luwak que é extraído das fezes de uma espécie de gambá selvagem da região da Sumatra. 

Para comemorar essa data trazemos uma receita de Mousse de café com chantilly  

• 1 lata de leite condensado 
• 1 caixa de creme de creme de leite 
• 1 xícara (chá) de café coado 
• 1 xícara (chá) de chocolate meio amargo derretido 
• 1 envelope de gelatina em pó sem sabor incolor 
• 1 xícara (chá) de chantilly 
• Chantilly, chocolate em pó e grãos de café para decorar 

 

Modo de preparo 

No liquidificador, bata por 1 minuto o leite condensado, o creme de leite, o café, o chocolate e a gelatina preparada conforme as instruções da embalagem. Junte o chantilly e misture delicadamente com uma colher. Distribua entre tacinhas individuais e leve à geladeira por 2 horas. Retire, decore com chantilly, polvilhe com chocolate em pó e disponha grãos de café para decorar. Sirva.