Despedida da lenda Owen Wright marca a 4ª etapa da Liga Mundial de Surfe. 

Por Luiza Oliveira

O 4º evento do ano da Liga Mundial de Surfe (WSL) foi realizado em Bells Beach, na Austrália, em clima de despedida e de nacionalismo. O evento foi dominado por australianos tanto na competição masculina quanto na feminina. Owen Wright, nativo da Austrália, 33 anos, decidiu encerrar sua carreira em casa, e apesar da etapa não terminar da maneira que ele gostaria, o surfista saiu, após a sua última onda da carreira, sendo carregado e ovacionado pelos conterrâneos. 

Owen esteve presente no tour por 12 anos. Em condições normais, o atleta seria capaz de seguir por mais alguns anos, porém, o acidente que Wright sofreu em 2015 o fez encerrar sua carreira mais cedo que o esperado. Durante um treino pré etapa do Havaí, Owen sofreu uma queda e foi repetitivamente atingido por ondas enquanto tentava recuperar o fôlego. Os médicos então detectaram uma concussão cerebral grave e um pequeno sangramento no cérebro, que o fez ficar internado por alguns dias e o afastou do resto das etapas da temporada. Owen só voltou a surfar 15 meses após seu acidente. 

A etapa de Bells Beach marcou também o 60º ano de competição na praia, com nada mais nada menos que a vitória de Ethan Ewing e Tyler Wright, irmã de Owen, ambos australianos. A grande final foi marcada pelo duelo entre Ethan Ewing e Ryan Callinan. Ethan chegou à final após bateria contra o atual campeão do circuito Felipe Toledo, brasileiro. Já Callinan enfrentou a lenda John John Florence para avançar para a grande final. No lado das mulheres, a grande vencedora Tyler Wright enfrentou na semi final nada mais nada menos que Stephanie Gilmore, veterana de 35 anos. Ao passar pra grande final, enfrentou Molly Picklum, vencedora do duelo contra Isabella Nichols. 

Outro marco dessa 4ª etapa de Bells Beach (como o próprio nome diz, traduzido para o português, Praia do Sino), foi a primeira vitória de Ethan Ewing no local, que teve um sentimento ainda maior. Sua mãe, há quatro décadas, ganhava no mesmo lugar e “tocou o sino”, ação feita após a consagração do troféu. 

Os brasileiros não garantiram lugar no pódio nessa etapa, porém, asseguraram um lugar no corte de classificação do circuito. São eles João Chianca, Filipe Toledo, Caio Ibelli, Yago Dora, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Samuel Pupo. Já do lado feminino, Tati Weston-Webb não atingiu o lugar no pódio, mas como única representante do surfe feminino brasileiro, conquistou seu lugar no corte de classificação. 

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