Foto de Capa: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (13/04/2020)
Por Lucas Furtado Isaias
O Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) é um dos protagonistas do cenário econômico do Brasil analisando a conjuntura nacional e internacional da economia, de maneira periódica, e definem a taxa básica de juros (Selic), além de trazer orientações para a política monetária. O conselho também tem importância para o cumprimento da meta da inflação evitando o máximo possível que o índice ultrapasse ou não atinja os percentuais determinados.
O conselho foi criado em 1996 e é composto pelo presidente do Banco Central e os diretores que compõem a instituição e se reúne oito vezes por ano, a cada um mês e meio, em reuniões que se dividem em dois dias. No primeiro dia, sempre realizado em uma terça, os integrantes do conselho acompanham apresentações de funcionários do BC com projeções e perspectivas sobre os panoramas dos cenários econômicos nacional e mundial, do comportamento do mercado e da liquidez econômica. Inflação, atividade econômica, cenário exterior e as contas públicas são os principais pesos para as decisões tomadas pelo conselho.
Para evitar especulações que mexam com o mercado financeiro bruscamente, os membros ficam em silêncio na semana que antecede e que sucede a reunião. O comunicado da decisão sai depois do fechamento do mercado, não antes das 18h30 e imediatamente após a reunião. Na terça-feira posterior à reunião é divulgada a ata, sempre às 8h, antes da abertura de mercado. A ata e, especialmente, o comunicado sempre mexem com o mercado financeiro, prestando atenção nas informações extraídas dos documentos. As sinalizações fazem o mercado criar projeções para possíveis aumentos ou quedas da Selic, mas, com o dinamismo da economia, sempre há espaço para surpresas nas decisões.