Legenda: Heartstopper é o novo seriado da Netflix, lançado no dia 22 de abril
Foto: Netflix/Divulgação
Por: Sol Barreira
Em 2016 Alice Oseman iniciou um tumblr com os quadrinhos de Heartstopper, um prefácio de seu romance “Um ano solitário”, porém focado no início do relacionamento entre os personagens Charlie Spring e Nick Nelson. Os quadrinhos online fizeram tanto sucesso que foram publicados em quatro volumes de capa dura e na sexta-feira, 22 de abril, foi lançada a adaptação em formato de série para o catálogo da Netflix.
A série britânica conta com um elenco de jovens atores desconhecidos, como Joe Locke (Charlie Springs), Kit Connor (Nick Nelson), Yasmin Finney (Elle Argent) e uma participação surpresa da atriz premiada ao Oscar, Olivia Colman (Sarah Nelson). Bem fiel aos quadrinhos – afinal, foi roteirizado pela própria autora – o seriado tem uma leveza ao abordar assuntos como bullying e homofobia, que raramente se encontra no audiovisual de temática LGBTQIA+.
O arco principal gira ao redor do relacionamento entre Charlie Springs, um adolescente que saiu do armário ao contar sobre sua homossexualidade para seus colegas de escola um ano antes – e sofreu ataques homofóbicos – e Nick Nelson, o jogador de rugbi mais popular e provalvemente ‘heterossexual’ do Colégio. Ainda temos a trama de Tara e Darcy, interpretadas por Corinna Brown e Kizzy Edgel, um jovem casal lésbico assumido no Colégio Higgs – uma escola só para garotas.
E também Elle e Tao, interpretados por Yasmin Finney e William Gao, que lidam com as mudanças no seu grupo de amigos e com um relacionamento de amizade platônica entre si. Uma história sobre a descoberta dos afetos e da sexualidade de forma leve, bonita e diversificada, com representatividade para todos os gostos e uma representação menos dura de todas as ansiedades, medos e inseguranças da adolescência.
A trilha sonora fica por conta de um indie pop morno, que não se destaca muito, porém bem cativante, principalmente, em sincronia com as cenas, que ajudam a expressar melhor o sentimento dos personagens no momento. Com uma estética jovem em tons pastéis, além da intervenção de animações doces para expressar os sentimentos dos personagens, Heartstopper é menos sombria que outros seriados teen do catálogo do serviço de streaming e de outros canais. Ainda, traz a sensação de que mesmo após uma fase muito ruim, as coisas podem melhorar.
Uma série que fez por merecer seu selo de 100% aprovado no site de críticas especializadas Rotten Tomatoes, a produção está disponível na Netflix e a primeira temporada conta com oito episódios que duram de 28 até 30 min, ou seja, perfeita para maratonar num fim de semana. Veja abaixo o trailer:
Um comentário sobre “‘Heartstopper’: nem toda adaptação de quadrinho é sobre super-herois”